Guararemense morre em Santa Casa à espera de leito. Secretaria Estadual de Saúde confirma ser o Segundo caso registrado na região do Alto Tietê.


Mulher de 52 anos morreu na Santa Casa de Guararema, enquanto estava em estado grave em leito ventilatório. Secretaria Municipal de Saúde afirma que buscou vaga para a paciente nos hospitais particulares conveniados com o município e também pelo sistema CROSS, mas lotação impediu transferência.

A região registrou a segunda morte de paciente com Covid-19 aguardando por leito de UTI. Uma mulher de 52 anos, com comorbidades, morreu na Santa Casa de Guararema, em um leito ventilatório, enquanto aguardava vaga para tratamento intensivo. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde na noite de segunda-feira (22), mas o óbito foi na última sexta-feira (19).

Pelo menos outros 37 pacientes com Covid-19 aguardavam transferência para leitos de UTI nesta segunda-feira (22), sendo 25 em Suzano, 3 em Biritiba Mirim, 7 em Itaquaquecetuba e 2 em Guararema.

A Secretaria Municipal de Saúde de Guararema informou que a mulher estava em estado grave e que "com todos os esforços, buscou vaga para a paciente nos hospitais particulares conveniados com o município e também pelo sistema CROSS (Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde), mas devido à superlotação em toda a região, não obteve sucesso".

"Essa paciente estava internada desde segunda-feira e, desde então, foi solicitada vaga de UTI para ela. Guararema conta também com o apoio de disponibilidade de leitos de dois hospitais privados, mas os hospitais privados, como nós estamos assistindo, estão colapsados, estão até pedindo ajuda para o sistema público de saúde, também não tinham e não têm os leitos disponíveis neste momento", disse a secretária de Saúde de Guararema, Adriana Martins de Paula.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde disse que "a demanda de transferências para casos de Covid-19 registradas na Cross (Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde) cresceu 117% em comparação ao pico da pandemia: atualmente, são cerca de 1,5 mil pedidos por dia, contra 690 em junho de 2020, quando foi o auge da primeira onda. Já houve 189 mil regulações desde março do ano passado".

De acordo com a Secretaria, "a regulação depende da disponibilidade de leitos e de condição clínica adequada para que o paciente seja deslocado com segurança até o hospital de destino".

Na última quarta-feira (17), foi registrada a primeira morte por falta de leitos da região, em Poá. A vítima era um homem, de 83 anos, que aguardava transferência pela Cross desde o dia anterior, terça-feira (16).

Na ocasião, a Secretaria Estadual da Saúde informou que a demanda de transferências para casos de Covid-19 registradas na Cross cresceu 117% em comparação ao pico da pandemia: atualmente, são 1,5 mil pedidos por dia, contra 690 em junho de 2020, quando foi o auge da primeira onda. Já houve mais de 180,3 mil regulações desde março do ano passado.

Ainda informou que a regulação depende da disponibilidade de leitos e de condição clínica adequada para que o paciente seja deslocado com segurança até o hospital de destino.